Queda de cabelo X Calvície: você sabe a diferença? É normal que uma pessoa perca em média entre 50 e 100 fios por dia. Estresse, hábitos inadequados, química usada nos cabelos, alterações hormonais, fatores genéticos e familiares, assim como inúmeras patologias, são fatores associados à queda de cabelo. Quando a perda atinge mais de 300 fios por dia, pode se tratar de eflúvio telógeno, que é um momento específico da vida dos pelos em que se tem uma grande perda simultânea. Já a alopecia androgenética, depende de predisposição genética e pode levar à calvície se não devidamente tratada.
Eflúvio telógeno, ou queda de cabelo, é uma condição que se caracteriza pelo aumento da perda diária de fios de cabelo. O eflúvio se divide em dois tipos: agudo e crônico. A causa Eflúvio telógeno agudo está associada a algum evento que aconteceu três meses antes do início da queda. Isso porque o período de preparo para a queda dura de dois a três meses e os fios se desprendem ao final desse ciclo. Eflúvio telógeno crônico é a fase na qual os fios caem muito, se assemelhando à versão aguda, porém, em longo prazo. Conforme o tempo passa, o paciente fica com o cabelo mais volumoso na base e menos volumoso no comprimento. Isso porque os bulbos existem, os cabelos nascem, mas caem rápido, ainda jovens.
O eflúvio agudo é autolimitado, ou seja, tem uma duração predeterminada de dois a quatro meses, caso não haja outra doença associada. E, de um dia para o outro, há uma melhora aparente. Na teoria, não seria preciso tratamento. Porém, se o paciente tem alguma condição associada, como alopécia androgenética (calvície) ou a alopécia senil (rarefação que surge após os 60 anos), em geral, costuma-se tratá-lo para que possa ter plena capacidade de recuperar o volume e o comprimento dos fios. Devemos ter sempre em mente a possibilidade de doenças associadas, e caso exista uma suspeita, devem ser pesquisadas e devidamente tratadas após o diagnóstico correto.
A causa da alopécia androgenética, ou calvície, são a hereditariedade e os hormônios masculinos, em especial a testosterona. A queda permanente dos cabelos pode se manifestar a partir dos 18 anos nos homens, associando-se ao pico de produção e circulação sanguínea da testosterona. Mas as mulheres não estão imunes. Após a menopausa, quando os níveis de estrogênio caem consideravelmente, aquelas com predisposição genética podem manifestar uma queda anormal de cabelos. Os casos de alopécia androgenética feminina estão associados à carga de stress, tensão e ansiedade. Lembrar sempre das alterações hormonais e nunca esquecer da possibilidade de patologias. Porém outros fatores podem contribuir, tais como, o excesso de produtos químicos utilizados nas tinturas, alisamentos e permanentes. A carência de nutrientes e vitaminas provocadas pelas dietas restritivas para emagrecer também podem ser um agravante.
A queda de cabelo e a calvície têm algo em comum. Ambos promovem a atrofia dos folículos (bulbos) capilares e aceleram a queda definitiva. Procedimentos estéticos podem revitalizar os folículos, tais como, o microagulhamento capilar, quando associado ao uso do laser de baixa potência e o delivery de ativos. O procedimento consiste em microperfurações da pele com finas agulhas metálicas. A técnica pode ser feita por dermaroller, dermapen ou MMP.
No caso de queda de cabelo, o microagulhamento pode ser utilizado para o Drug delivery, ou seja, “entrega de ativos”. Trata-se de uma técnica que permite a penetração de medicações específicas, através das microperfurações provocadas, para fortalecer os folículos capilares. Para a calvície, esse método pode atuar como tratamento complementar para potencializar os resultados das cirurgias plásticas de Transplante capilar.
As técnicas mais utilizadas para o transplante capilar para tratamento da calvície são o FUT e o FUE. O Transplante de Unidade Folicular (FUT), do inglês Folicular Unit Transsection, é uma cirurgia que retira uma faixa de pele na região occipital (área doadora) sendo fechada por sutura direta. A Extração de Unidade Folicular (FUE), do inglês Follicular Unit Extraction, consiste na retirada de unidades foliculares de áreas doadoras através de um aparelho extrator, com sua transposição para a área a ser tratada. Às vezes, as duas técnicas são associadas para obtenção de melhor resultado. Uso de retalhos e expansores, somente para fins reconstrutores.
Conheça os procedimentos de cirurgias capilares no vídeo abaixo!
Atenção para o fato de que ambas as técnicas de transplante capilar resultam em cicatrizes!!! A diferença é o tipo de cicatriz, única e linear, ou múltiplas e puntiformes. A cirurgia pode melhorar a sua aparência e auto-estima, mas é fundamental discutir claramente com o seu cirurgião, para não criar falsas expectativas em relação aos resultados esperados.
Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Membro da Comissão Científica da SBCP/MG, a Dra. Xênia Portella pode avaliar a melhor opção para o seu caso. Agende um horário através do telefone: (31) 2510-6611 ou pelo Whatsapp: (31) 9 9923-6611 para uma consulta presencial.
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Fonte:
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Sociedade Brasileira de Dermatologia