Dra. Xênia Portella participou do programa Caleidoscópio do TV Horizonte (BH), para falar sobre transplante capilar contra queda de cabelo. Todo mundo sabe que é natural perder alguns fios de cabelo por dia. Segundo especialistas, é normal que uma pessoa perca entre 50 a 100 fios diariamente. Porém, quando há uma queda superior a 300 fios, então já pode acender um alerta para a calvície. Uma série de fatores, como estresse, má alimentação, alterações hormonais e inclusive patologias, podem provocar a queda anormal dos fios. Já a calvície propriamente dita, depende da predisposição genética. A médica cirurgiã plástica, Dra. Xênia Portella, participou do programa Caleidoscópio na TV Horizonte (BH), para falar transplante-capilar contra a calvície. Confira trechos da entrevista:
A questão do stress é bastante importante, pois a mulher hoje está ocupando um espaço na sociedade que antes era reservado aos homens. Dessa forma, ela passou a ter contato com um tipo de desafio diário que outras gerações não tinham. Somado a isso, alterações no estilo de vida, tipo de alimentação, tabagismo, uso de álcool. Temos a questão da química, pois hoje em dia, mais do que nunca, as mulheres estão usando bastante tecnologia nos cabelos. Tudo tem o lado positivo, mas tem o lado negativo. Temos também os fatores hormonais e as diversas patologias a que está sujeito o couro cabeludo. Existem ainda, fatores que a gente realmente não compreende. Alguns casos de calvície bem importantes, nas mulheres, pode ser uma associação de fatores, inclusive.
O que a gente faz é transplante, porque vamos tirar um tecido vivo daquela pessoa, transformar em enxertos e transplantar para alguma outra área receptora que pode ser o couro cabeludo, os supercílios ou a barba. Implante é uma técnica que se usava cabelo artificial e não é mais utilizada.
Esse cabelo que é retirado da região posterior, ao ser transplantado para a região anterior ou para “coroinha”, vai manter a característica da região posterior. Como todo enxerto, é um cabelo que vai ter uma troca, vai cair e crescer novamente, mas ele não estará sujeito à calvície novamente.
É muito importante associar um tratamento clínico, porque quando se faz uma sessão de transplante capilar, o paciente tem algum cabelo naquela área receptora, e se por exemplo, colocar 5 mil fios na região frontal, mas o paciente perder 10 mil, que eram dele nessa região, o efeito não vai ficar satisfatório, então tem que ser um somatório da cirurgia com o tratamento clínico que se mantenha o máximo de tempo possível esses pelos ali.
O paciente tem que ter um pouco de paciência, porque às vezes, logo no início, tem até queda de algumas hastes, porque o enxerto é do bulbo, ou seja, da raiz que vai brotar novamente. A haste transplantada às vezes tem uma queda, ou às vezes, ela fica paralisada parecendo que não vai crescer. Lá pelo terceiro mês, que começa realmente a notar esse crescimento. E o tempo de crescimento de um fio para atingir o tamanho do restante do cabelo, dependendo, é claro, do comprimento, leva meses ou anos.
Do cabelo, bastante! Existe também uma procura para transplante de supercílios, que é a sobrancelhas, principalmente nos casos traumáticos. Por exemplo, a pessoa sofreu um acidente de carro, perdeu uma parte dos supercílios, mesmo que venha fazer a micropigmentação para tornear, sem pelo nenhum fica desarmônico, então, às vezes, a associação das duas técnicas (transplante e micropigmentação) pode ser interessante.
Assista o programa completo: Programa Caleidoscópio – TV Horizonte | Tema: Calvície – Data: 11/05/2015