Tumores de pele
As lesões cutâneas benignas e malignas são inúmeras e o diagnóstico em sua totalidade foge até mesmo ao conhecimento de um médico bem formado.
Existe um médico especialista que se dedica ao estudo deste assunto. O que quero trazer com este texto, é alertar meus pacientes no sentido de que nem todas as lesões cutâneas são inocentes e podem estar associadas a várias doenças, inclusive com possibilidade de malignidade. As lesões malignas de pele são basicamente três:
1 – Carcinoma basocelular
É o mais benigno dos tumores malignos de pele. Pode surgir como uma pápula rósea, que cresce lenta e progressivamente. Pode ser nodular, mas na maior parte das vezes é deprimido ou ulcerado, com bordas elevadas. Pode apresentar telangectasias (pequenas veias) e com menor frequência, apresentar pigmento no local. Com a evolução vai causando deformidades locais e acometimento dos tecidos adjacentes. Não evolui para metástase loco-regional ou à distância.
O tratamento é simples com retirada com margens cirúrgicas livres. Mais comum em peles claras muito expostas ao sol.
2 – Carcinoma espinocelular
É responsável por 15% dos tumores malignos de pele. Pode surgir na pele normal, mas é mais frequente em peles muito lesadas pelo sol, irritações crônicas, ou outras lesões e cicatrizes. O estado imunológico parece ter associação com o desenvolvimento. O aspecto é de pele infiltrada e dura, com nódulo e às vezes ulcerada. O desenvolvimento é mais ligeiro que do carcinoma basocelular, apesar de algumas vezes, inicialmente terem características importantes. A história clínica faz pesar o diagnóstico diferencial dos mesmos. Metástases podem ocorrer após meses ou anos. O tratamento inicial é a retirada com margens livres. Para lesões extensas pode estar indicada radioterapia. O tratamento das metástases pode necessitar de quimioterapia.
3 – Melanoma maligno
É o mais maligno dos tumores cutâneos. Ocorre, geralmente, entre 30 e 60 anos. Mais frequente em mulheres e na raça branca. Pode se originar do nevo melanocítico composto ou juncional (“pinta”). Porém, 25% não tem qualquer associação. Têm sido descritos casos familiares em 5%. Tem sido descrita associação com sol.
O tratamento deve ser precoce e adequado para cada caso, de acordo com o estadiamento, incluindo cirurgia, quimioterapia, imunoterapia. O importante mesmo é o diagnóstico precoce e o tratamento inicial adequado!!! Pois este é um tumor de pele com agressividade suficiente para se tornar uma doença sistêmica e de alta letalidade.
Então… todo cuidado é pouco… alguma lesão estranha?
Procure seu dermatologista ou cirurgião plástico.