A anestesia é um procedimento médico com o objetivo de bloquear temporariamente a capacidade do cérebro de reconhecer um estímulo doloroso. Graças à anestesia, os médicos são capazes de realizar cirurgias e outros procedimentos invasivos sem que o paciente sinta dor e sofrimento, ela também ajuda a garantir relaxamento e conforto ao paciente.
E a tranquilidade não só para o paciente. A sensação de bem-estar e segurança também chega ao cirurgião que consegue fazer seu trabalho com mais calma, segurança e eficiência.
No entanto, como muitas pessoas ainda ficam receosas em relação à anestesia, o paciente pode fazer uma consulta com o anestesista antes da cirurgia.
Nessa consulta, o paciente deve ser sincero e informar ao anestesista sobre problemas de saúde, alergias, o uso de álcool ou drogas e possíveis reações a anestesias anteriores. Depois dessa consulta, será orientado o melhor tipo, que depende muito de cada procedimento cirúrgico.
Abordaremos abaixo os tipos de anestesia mais comuns na rotina médica, são elas:
A geral é uma técnica anestésica que extermina totalmente a dor do paciente, além de, paralisar os músculos, abolir os reflexos, promover a amnésia e, principalmente, a inconsciência. É indicada para as cirurgias mais complexas e de grande porte. Esta forma de anestesia faz com que o paciente se torne incapaz de sentir ou reagir a qualquer estímulo do ambiente.
A anestesia geral possui 4 fases:
Existe um mito de que a anestesia geral é um procedimento perigoso. Complicações provenientes da anestesia geral são raras, principalmente em pacientes saudáveis.
Em muitos casos, as complicações são decorrentes de doenças graves que o paciente já possuía, como doenças cardíacas, renais, hepáticas ou pulmonares em estágio avançado, ou por complicações da própria cirurgia, como hemorragias ou lesão e falência de órgãos vitais.
Também é importante ressaltar que a anestesia, em geral, é um procedimento complexo, devendo ser feita somente por profissionais qualificados e em ambientes com ampla estrutura para tal.
A regional é um procedimento anestésico usado em cirurgias mais simples, onde o paciente pode permanecer acordado. Este tipo de anestesia bloqueia a dor em apenas uma determinada região do corpo, como um braço, uma perna ou toda região inferior do corpo, abaixo do abdômen.
Os 2 tipos de anestesia regional mais usados são:
Vamos falar um pouco sobre elas:
Ela é aplicada no espaço onde circula o líquido cefalorraquidiano, pelo qual ocorre o transporte de substâncias. Atinge a coluna lombar de forma profunda, com uma agulha de cerca de 12cm, com espessura de um fio de cabelo. A injeção única permite o bloqueio motor imediato, mas mantém o paciente consciente. Normalmente a raqui não dói, pois, antes da aplicação, o médico anestesista passa um anestésico tópico, que ameniza ou até mesmo extingue a dor.
A raquianestesia é muito usada para procedimentos ortopédicos de membros inferiores e para cesarianas.
A raquidiana é muito segura! Mas, como em qualquer outro procedimento, podem acorrer complicações, como:
A peridural ou epidural é um tipo de anestesia que é dada no espaço epidural, que se situa na região lombar da coluna vertebral, entre as vértebras, e que afeta apenas uma parte do corpo, geralmente da cintura para baixo, mantendo a pessoa acordada.
A peridural e raquidiana pode ser administrada em conjunto para aumentar a eficácia da anestesia. É importante destacar que, há diferença entre uma e outra. Na anestesia peridural o remédio anestésico é administrado em maior quantidade e pelo cateter que fica nas costas. Já na anestesia raquidiana o remédio anestésico é aplicado de uma vez só e em menor quantidade.
Os riscos da peridural são raros, no entanto, pode ocorrer infecção, danos nos nervos ou perfuração da dura, que é a membrana que protege a medula espinhal, podendo causar paraplegia. Além disso, é também comum sentir dores de cabeça após acordar da cirurgia devido à anestesia.
A local é o procedimento anestésico mais comum, sendo usado para bloquear a dor em pequenas regiões do corpo, habitualmente na pele. Ao contrário das anestesias geral e regional, que devem ser administradas por um anestesiologista, a anestesia local é usada por quase todas as especialidades.
A anestesia local consiste na infiltração de um anestésico local para bloquear a condução de impulsos nos tecidos nervosos. Os fármacos comumente utilizados são lidocaína, bupivacaína e ropivacaína. Pode ser tópica (aplicação de anestésicos em mucosas) ou infiltrativa (administrados no meio intra ou extravascular).
Reações adversas aos anestésicos locais são bastante raras, mas podem acontecer. É importante compreender que os anestésicos locais, do mesmo modo que bloqueiam a condução nervosa no local onde são administrados, têm igualmente capacidade para poder interferir com qualquer órgão em que se dê a transmissão ou condução dos impulsos.
Como sintomas mais frequentes, os pacientes apresentam uma sensação de “embriaguez” e sedação, assim como parestesias periorais e contraturas musculares.
Agora que, você conheceu um pouco mais sobre os diferentes tipos de anestesia e seus riscos, poderá conversar com seu médico de uma forma mais tranquila, conhecendo um pouco mais sobre a anestesia indicada para sua cirurgia plástica.