Abdominoplastia pós-bariátrica
O paciente que se submeteu à cirurgia bariátrica, de uma maneira geral, apresenta uma perda de peso acentuada e de forma rápida, sempre às custas de algum grau de desnutrição, de perda muscular e óssea. Isto faz com que o manejo clínico de pré e pós-operatório destes pacientes seja bem diferente daqueles de outras cirurgias em geral. Isto se deve às condições clínicas do organismo, assim como à flacidez e atrofia dos tecidos.
O cirurgião plástico, que se propõe a trabalhar com este grupo específico de pacientes, está mais atento a estas particularidades. Os pacientes devem estar bem preparados clínica e nutricionalmente, bem como estar esclarecidos sobre como seu organismo e seus tecidos se comportam diante de um procedimento cirúrgico. Além, é claro, de estarem estáveis no peso, já não apresentando grande perda e nem estar numa fase de reganho de peso acelerado.
O abdome é uma região importante de flacidez corporal pós-emagrecimento e a maioria dos pacientes a tem como uma das principais queixas. Muito frequentemente é a primeira cirurgia plástica realizada no paciente bariátrico. Entende-se como abdome, a grosso modo, a região entre as mamas e a dobra inferior do tronco, acima do púbis. Esta é uma área central do corpo, muito importante não só esteticamente, mas também com relação à estabilização da postura.
Podemos associar outros procedimentos?
Muitas vezes, além da flacidez e lipodistrofia, existem defeitos de parede abdominal com as hérnias e a diástase de músculos. Sempre corrigimos todas estas deformidades no mesmo procedimento. Algumas vezes, após avaliação individualizada de cada caso, associamos outra cirurgia à abdominoplastia. Mas esta é uma outra situação, que trataremos num outro momento. Citei esta situação para alertar que o problema estético e mesmo funcional do ex-obeso raramente está limitado a uma única região. O emagrecimento se dá de forma generalizada, assim como a flacidez e a aparência inestética de deflação dos tecidos.
Qual a técnica ideal de abdominoplastia pós-bariátrica?
Pensando somente no abdome, pelo menos neste texto, temos que avaliar bastante o padrão de flacidez na região, para decidir que técnica escolher na abdominoplastia. Em outros tempos, a cirurgia bariátrica era realizada a “céu aberto” e os pacientes sempre apresentavam uma cicatriz mediana no andar superior do abdome. Neste caso, ficava fácil optar sempre pela cicatriz em âncora, pois, após retirada a porção infra umbilical do abdome, o que restava para cobrir a parede abdominal era sempre uma porção de pele que já apresentava uma cicatriz.
Hoje, a maioria absoluta das cirurgias bariátricas são realizadas por vídeo-laparoscopia e as cicatrizes são pequenas e muitas vezes imperceptíveis. Então, fica a grande questão de quando optar por uma abdominoplastia convencional, com cicatriz inferior e na região umbilical, ou uma cicatriz em âncora (inferior e mediana) mantendo o umbigo inicial ou optando por uma neo-onfloplastia (novo umbigo, sem cicatrizes ao redor). Esta decisão deve ser compartilhada entre médico e paciente! A meu ver e de todos os preceitos da moderna medicina, cabe ao médico usar todo seu conhecimento para orientar o paciente, esclarecendo sobre possíveis resultados obtidos e cicatrizes. Ou seja, sobre todo o custo/benefício de cada procedimento.
A escolha passará pelo padrão de flacidez daquele paciente e pelo seu desejo de correção absoluta dessa flacidez e tolerância a cicatrizes maiores. Lembrando que a vontade do paciente deve ser soberana, mesmo que implique em menores melhorias estéticas.
Conclusão!
Como foi dito, além de ser necessário um protocolo diferenciado para pacientes pós bariátrica em relação aos demais, cada caso é único, devido às condições fisiológicas de cada paciente. Portanto para uma avaliação mais precisa de qual procedimento é o ideal você, é necessário uma consulta presencial. Agende através do telefone: (31) 2510-6611 ou pelo whatsapp: (31) 9 9923-6611.
Leia também:
Emagreci: e agora? Cirurgias pós-bariátrica
Mamoplastia pós cirurgia bariátrica
Tratamento dos braços: cirúrgicos ou não-cirúrgicos
Tratamento das coxas: cirúrgicos e não cirúrgicos